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Sono na infância


Conforme envelhecem, as necessidades de sono das pessoas mudam. Por isso, algumas recomendações são alteradas com a idade. Segundo a National Sleep Foundation, crianças no período pré-escolar precisam de 10 a 13 horas de sono por noite. Em idade escolar, a fundação recomenda de 9 a 11 horas. Para adolescentes no ensino médio, o ideal é descansar de 8 a 10 horas. Não dormir o suficiente pode afetar tanto o desempenho na aula quanto a atenção, concentração, tomada de decisão e o humor.

Durante a infância, a criança vivencia constantes modificações no sono que refletem o grau de maturidade e desenvolvimento do sistema nervoso central.

Do nascimento até o 6º mês de vida, o sono vem em ciclos de 3 a 4 horas no primeiro mês de vida, independente de ser noite ou dia. Entre o primeiro e o quarto mês, o bebê vai se adaptando progressivamente à luz e fazendo um sono mais longo quando é noite.

O primeiro indício de que o bebê está adequando seu ritmo biológico ao dia de 24 horas é entre a 3ª e a 4ª semana de vida. O bebê fica mais agitado e chorando, geralmente no final da tarde ou início da noite (entre as 17 e 22h). É a chamada “hora da cólica”.

Em torno do 6º mês de vida, os períodos de sono já chegam a 6 horas, geralmente com dois períodos noturnos separados pelo despertar para mamar. A consolidação do sono noturno ocorre gradualmente a partir daí.

Entre 2 e 3 anos, o sono noturno deve estar consolidado. Os períodos de sesta durante o dia tendem a diminuir e até acabar. A dificuldade de separação dos pais se reflete na ansiedade, na dificuldade de dormir e nos medos noturnos. Nesta fase é fundamental manter as rotinas para dormir. Os distúrbios do sono são comuns entre 20 e 30% das crianças nesta faixa etária.

Se seu filho está na pré-escola, procure evitar a sesta no final da tarde. Ela pode interferir no sono noturno. Nesta faixa, cerca de 15 a 30% das crianças ainda têm distúrbios de sono. A transição para o padrão adulto de sono inicia a partir dos 5 anos e vai até os 12. O horário de acordar é fixo nos dias de escola. São frequentes, nesta faixa, os pesadelos e as parassonias (movimentos anormais que resultam na interrupção do sono).

Na adolescência, ocorre aumento fisiológico de sonolência diurna, pela privação de sono. Em dois anos, o tempo total de sono diminui cerca de três horas (de 10 para 7 horas), provocando um débito de sono. Ocorrem diferenças entre dias de semana e fins de semana, quando o jovem dorme mais. É frequente, nesta idade, o sono demorar para chegar, podendo atrasar de uma a 3 horas.

Idade Média de horas de sono e Características do sono

Recém-nascidos (0 a 30 dias de vida) 16 a 20 horas Ciclos de sono com 1 a 4 horas de duração, intercalados por período de vigília de 1 a 2 horas, independente de ser noite ou dia.

Lactentes (1 a 12 meses) 14 a 15 horas (em torno do 4º mês de vida) e 13 a 14 horas (em torno do 6º mês de vida) Entre 6 semanas e 3 meses começa a ocorrer diferenciação dos ciclos de sono diurnos e noturnos, que ficam mais longos. Após os 6 meses, observa-se sestas diurnas (em torno de duas por dia) que podem durar de 2 a 4 horas.

1 a 3 anos 12 horas Sono noturno consolidado e uma sesta por dia (1,5 a 3,5 horas).

3 a 6 anos 11 a 12 horas Redução das sestas. Em torno de 4 a 5 anos não ocorrem mais sestas diurnas.

6 a 12 anos 10 a 11 horas Observa-se diferença em relação à duração do sono noturno em dias de semana e fins de semana.

Adolescentes (> 12 anos) Ideal = 9 horas Real = 7 horas Esquema de horários irregular, atraso do sono.

Modificado de: Mindell JA, Owens J. A Clinical Guide to Pediatric Sleep. Editora Lippincott, Williams & Wilkins, 2003.


 
 
 

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